segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Teatro MEMJD

Bem pessoal, como prometido esse domingo postarei o texto do teatro e a relação de quem quer participar. Esse texto ainda não possui as músicas que ainda veremos com o coral. Espero que todos gostem!


Joana de Cusa


Personagens
2 Joanas de Cusa, martirizada e do passado: As candidatas são Bruna, Camila, Mariana e Camila Gonçalves
Filho: Rafael Dias
2 Verdugos: Os candidatos são Matheus Camilo, Anderson e Guilherme
Jesus: Lucas Polesi
Narrador: Victor
Romanos: Felipe, Eric, Winnie, Quiron, Rafael Coura, Mateus Alves, Anna Flávia e Cássio
Coral: Aline, Raul, Carol Ribeiro, Carol Mello, Nathália e Ricardo
Peça
Os jovens vestidos de romanos estão espalhados pelo salão, sentados junto a platéia. Joana de Cusa e seu filho encontram-se na frente amarrados, na cena em que são flagelados por dois verdugos no circo romano. Todas as luzes estão apagadas, apenas as luzes sobre os quatro estam acesas.
Romano 1: Abjura!
Romano 2: Abjura!
Romano 3: Abjura!
Romano 4: Abjura!
Romano 5: Abjura!
Romano 6: Abjura!
Romano 7: Abjura!
Romano 8: Abjura!
Todos os romanos em desordem: Abjura!-
Enquanto isso, os verdugos mantém os flagelos em mãe e filho...
Narrador: "Entre a multidão que invariavelmente acompanhava a Jesus nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas"
Verdugo 1 enquanto continua as flagelações em mãe e filho: Abjura!
Filho com voz de choro: "Repudia a Jesus, minha mãe!... Não vês que nos perdemos?! Abjura!... por mim, que sou teu filho!..."
Narrador: Encontramo-nos no ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, nossa abdicada irmã Joana ao lado de um homem novo que era seu filho. Ao ouvir a voz suplicante de seu amado ente, Joana recorda sua vida e seu doce encontro com Cristo.
As luzes sobre Joana e seu filho se apagam e as outras luzes vão se acendendo gradualmente enquanto uma outra Joana do passado segue pelo corredor acompanhada por Jesus.
Joana do passado: Mestre, meu marido é importante funcionário do império, compartilhando assim suas crenças e repudiando os ensinamentos que tenho contigo. O que devo fazer?
Jesus: Joana, os templos da Terra são feitos de pedra, os templos de Deus se encontram em verdade no coração de cada um, teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreenderte-á um dia. É leviano e indiferente? Ama-o mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse razão justa. Os sãos não precisam de médicos.
Joana do passado: Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado, entretanto, não julgais acertado que lute por impor os vossos princípios? Não estaria assim reformando meu esposo para o céu e vosso reino?
Jesus: Irmã, por que motivo Deus não impõe a sua verdade e o seu amor aos tiranos da Terra? A sabedoria celeste não extermina as paixões, transforma-as. O Pai não impõe a reforma a seus filhos, esclarece-os no momento oportuno.
Narrador: Joana de Cusa experimentava um brando alívio no coração. Percebeu que muitos são os caminhos escolhidos por nós, alguns escolhem caminhos mais longos, outros mais curtos, mas todos guiarão ao Pai Celestial. Enviando a Jesus um olhar de carinhoso agradecimento, ainda lhe ouviu as últimas palavras:
Jesus: Vai, filha!... Sê fiel!
As luzes todas se apagam, e as sobre Joana e seu filho tornam a se acender. Joana do passado e Jesus se retiram de cena. Filho chora muito.
Narrador: Ante os apelos desesperados do filhinho, Joana recordou que Maria também fora mãe e, vendo o seu Jesus crucificado no madeiro da infâmia, soubera conformar-se com os desígnios divinos. Acima de todas as recordações, como alegria divina de sua vida, pareceu-lhe ainda ouvir o Mestre a lhe dizer: - "Vai filha!... Sê fiel!" Então, possuída de uma força sobre-humana, a já viúva de Cusa contemplou a primeira vítima ensangüentada e, fixando no jovem um olhar profundo e inexprimível, na sua dor e na sua ternura, exclamou firmemente:
Joana: "Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a Deus!"
Narrador: A esse tempo, com os aplausos delirantes do povo, os verdugos lhe incendiavam, em derredor, achas de lenha embebidas em resina inflamável. Em poucos instantes, as labaredas lamberam-lhe o corpo envelhecido. Joana de Cusa contemplou com serenidade a massa de povo que lhe não entendia o sacrifício. Os gemidos de dor lhe morriam abafados no peito. Os algozes da mártir cercaram-lhe de impropérios a fogueira:
Verdugo 2: O teu cristo soube apenas insinar-te a morrer?
Joana: Não apenas a morrer, mas também a vos amar!...
As luzes se apagam saindo todos de cena e levando o cenário fica somente Joana e Jesus que entra em cena, as luzes se acendem novamente.
Jesus de frente para Joana, com a mão em seus ombros diz: Joana, tem bom ânimo!... Eu aqui estou!...
Os dois se abraçam e saem de cena.

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